segunda-feira, 16 de novembro de 2015

SEÇÃO RAIO-X Nº 33 - Luciano Amaral

Foto: Arquivo pessoal/Luciano Amaral

O 33º entrevistado da Seção Raio-X é o jornalista e DJ nas horas vagas, o Luciano Amaral, 40 anos. O camarada que nasceu e mora em Itaquaquecetuba/SP se define como um cara extremamente difícil e introvertido que, segundo ele, faz com que algumas pessoas o vejam como um cara fechado ou antissocial.

Fiel aos amigos e direto e objetivo para falar o que pensa, Luciano busca aproveitar ao máximo o pouco tempo que tem fora do jornalismo para se distrair e se divertir, quando esses raros momentos ocorrem ele aproveita para tocar a noite, “distração” que ele já faz há 25 anos com suas “pick-ups” em festas de amigos ou em bailes de flash black. Além das “pick-ups”, ele também não dispensa uma partidinha de poker.

Luciano Amaral ao lado do Governador Geraldo 
Alckmin e do prefeito de Itaquá, Mamoru Nakashima 
Foto: Arquivo pessoal/Luciano Amaral

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

100C - Por que o jornalismo?
LA - Na verdade, como você sabe Ronaldo, o meu pai é jornalista, cresci ouvindo as histórias dele e foi o que me fez caminhar por estas trincheiras.

100C - Qual foi a sua trajetória no jornalismo?
LA - Eita, agora me pegou, vamos lá: em 1992 iniciei como diagramador do jornal do papai, era um jornal semanal chamado Jornal da Cidade, na época era o past-up, quem é desta época sabe muito bem, cuidava de toda parte gráfica e administrativa do jornal, com isso comecei a me familiarizar com o mundo jornalístico, em 1995 criei o meu jornal com o nome de Jornal Popular, marca hoje que pertence ao jornalista Wilson Garcia. Trabalhei em vários jornais de bairro em São Paulo, em 2000 integrei a assessoria de imprensa da Prefeitura de Itaquá, juntamente com o Joacir Gonçalves, trabalhei na Câmara Municipal de Itaquá por 12 anos, assessorando vereadores e, hoje, estou na comunicação da Secretaria de Educação. Ufa, acho que acabou.

100C -  O que é melhor, redação ou assessoria de imprensa?
LA - Depende do gosto de cada um ou da fase que esta profissionalmente, em redação eu sempre tive liberdade de atuação, criava minhas pautas e sempre repercutia muito bem, em assessoria mesmo que você crie situações e fatos para divulgar, você ainda fica preso a estrutura e em alguns casos a burocracia do sistema, hoje prefiro assessoria.

100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que você cobriu?
LA - Pior ou melhor é complicado definir, pois para alguns o que é melhor pode ser pior para outros.
Pior: um ônibus caiu de uma ponte sobre a rodovia Ayrton Senna com mais de 35 passageiros, onde mais de 20 ficaram feridos com gravidade, foi uma cena de guerra, todos desesperados e com fraturas expostas, foi terrível.
Melhor: esta não sei explicar, foram muitas.

100C - Se possível, destaque três colegas do jornalismo na região que você admira o trabalho.
LA - Joacir Gonçalves, um cara admirável pela paciência, nunca conheci um jornalista tão calmo na vida.
Douglas Pires, vi este menino crescer e se desenvolver, ótimo profissional.
Amarildo Augusto, camarada que conheço a pouco tempo mas um excelente editor.

100C - Qual foi a sua maior alegria e a maior decepção com o jornalismo?
LA - A alegria é ver seu trabalho reconhecido, sua matéria alterar de alguma forma a sociedade, formando opiniões e fortalecendo conceitos, a decepção foi ver que é impossível mudar o mundo, quando se inicia o jornalismo o sentimento e de transformar o sistema através dos seus textos e na prática isso é utopia.

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
LA - Nenhuma, o 100 Comunicação está muito bem.

100C - Destaque um ponto positivo e um negativo do 100C.
LA - Positivo: É importante destacar o trabalho dos profissionais da região.
Negativo: O Ronaldo, o palmeirense mala....kkkk

100C - O que você mais gosta e o que você mais odeia nas pautas?
LA - Fico feliz quando vejo novidades, eventos interessantes, trabalhos sociais bem elaborados.
O que me deixa entediado são pautas sobre reuniões, aquelas intermináveis onde você já sabe onde vai parar, principalmente em assessoria de imprensa que você vai fazer o texto sempre mostrando o lado positivo, ai você quer ir embora e os participantes da reunião ficam te segurando. Estou cansado disso.

100C - Você tem algum trabalho paralelo ao jornalismo? (ex.: blog, freela, entre outros)
LA - Se pode classificar como trabalho, eu estou como presidente do PPS de Itaquá, isso toma muito meu tempo, principalmente agora que estamos formando um grupo de pré-candidatos a vereador.

 Luciano e suas pick-ups em ação 
Foto: Arquivo pessoal/Luciano Amaral

Perguntas para quebrar o gelo:

100C - Conte duas ou mais situações engraçadas que você passou no jornalismo.
LA - Vou contar uma, nos anos 90 aconteceu uma rebelião na delegacia da cidade, eu estava na parte de cima das celas com a máquina fotográfica na mão, na época tinha um delegado bem conhecido da região que era meio doido, ele me perguntou: “Luciano, esta armado?” Eu falei, “claro que não doutor”, então ele puxou uma pistola e disse, “agora você está, se jogarem algo você senta bala neles”.

100C - Destaque três atuais e três ex-companheiros de trabalho que você classifica como “fora do normal”, seja pela personalidade, loucura ou coisas do tipo. Explique:
LA - Isso é sacanagem, responder pode causar problemas.
Vamos lá, Natachy Araújo é uma menina de um texto excelente, faz de uma frase um livro.
Walmir Barros, este cara é um dos melhores repórteres que já trabalhei, tivemos pautas maravilhosas e outras sofridas, escrevia um jornal de standard no balcão da padaria, fera em todos os sentidos.
Meu amigo e camarada Chico Rosas, política é com ele mesmo, está no sangue, de uma sensibilidade impar, muitas vezes meu conselheiro em pautas complicadas.

 Luciano recebendo das mãos de seu amigo Chico Rosas um
prêmio em reconhecimento ao seu trabalho no jornalismo
Foto: Arquivo pessoal/Luciano Amaral

Ping Pong

100C - Time
LA - Salve o tricolor paulista, amado clube brasileiro.

100C - Desejo
LA - Emagrecer um pouquinho.

100C - Música
LA - Black, claro

100C - Jornalismo
LA - Profissão, meio de vida, meu amor

100C - Passado
LA - Já foi tarde

100C - Presente
LA - Quero um de natal

100C - Futuro
LA - Já chegou,

100C - Se defina em uma única palavra
LA - Direto

100C - Deixe um recado para os alunos sonham ingressar no jornalismo.
LA - Queridos, só digo que NÃO tem como mudar o mundo e principalmente o sistema, se conformem com isso.

100C - Sugestão de três nomes que você gostaria de ver nesta seção:
LA - Valmir Barros, Joab Lira e  Rita Santos

Luciano em apoio à Campanha do "Outubro Rosa"
Foto: Arquivo pessoal/Luciano Amaral

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2 comentários:

  1. Parabéns pela entrevista!!Sucesso Lu

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  2. Grande Luciano, grande entrevista sobre os bons e velhos (e atuais) tempos que ainda continuam no front jornalístico

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